Os passos para a construção da maquete:
- desenhar em folha fina o contorno geral do mapa;
-desenhar no mesmo tipo de folha toda curva de nível de menor altitude
-desenhar em folhas separadas cada uma das curvas de nível mapeadas
-cole cada uma dessas folhas sobre isopor de meio centímetro;
-recorte as curvas do isopor, usando agulha quente
-cole as peças (as curvas), montando o relevo: as curvas de maior altitude sobre as de menor, até o topo das montanhas mais altas;
- cobrir com papel “marchê” (papel toalha ou higiênico aplicados com pincel embebido de mistura cola branca-água) para facilitar a aplicação da massa corrida, que eventualmente pode até ser desnecessária;
-caso ache necessário, passar massa corrida para eliminar os degraus que restarem e depois pintar.
- o trabalho pode ser feito em EVA, papelão ou outro material, o essencial é manter a equidistância e a mesma espessura do material para cada curva.
- calcular o exagero vertical como veremos a seguir.
Tento ilustrar abaixo: Crie uma paisagem da sua imaginação, abaixo criei uma colina em curvas de nível e vou fazer uma maquete com ela.
Agora copio as curvas: primeiro o contorno geral, que corresponde, aqui, à altitude mais baixa: os 200 metros: em seguida faço cópia da curva subsequente (210 metros); depois as curvas superiores, até a última curva.
Colo cada “peça” sobre o isopor ou papelão e recorto peça por peça. Em seguida é colar uma peça sobre a outra (fiz esta de papelão, a de baixo, de isopor):
Foi uma maquete simples, porém, as mais complicadas seguem os mesmos princípios, apenas requerem tempo maior de trabalho.
Detalhando:
Copie as imagens para seu computador e as imprima. Recorte-as do papel; coloque-as sobre o isopor e recorte-as do isopor. Cole-as:
Esta primeira “prancha” é a base da maquete.
Esta segunda prancha representa toda a extensão do terreno mapeado acima do nível do mar:
Agora, prancha de altitudes superiores aos 400 metros, excluir altitudes inferiores ( e assim por diante…):
Agora é colar peça sobre peça…
Veja agora: tentei eliminar os degraus e suavizar as vertentes, colando papel marchê e depois passando massa corrida (massa de parede). Trabalhei na metade direita da maquete para permitir comparações. Agora é só pintar.
Pintarei a metade em que passei massa corrida e mostrarei aqui. Aguardem.
Eis ai, a parte pintada da maquete. Pintei com guache e passei cola branca depois de seco, o que deu o brilho.
EXAGERO VERTICAL EM MAQUETES
Fazer maquetes é muito interessante e tudo mais. Um aspecto que não pode ser deixado de lado, contudo, é a existência do exagero vertical em qualquer maquete que se construa notadamente naquelas que representam continentes, países, estados ou regiões.
Os nossos alunos têm que saber o que acontece: se faço uma maquete de uma região a partir de um mapa de escala 1:4 000 000 obviamente a escala horizontal da maquete será a mesma. Todavia, com a escala vertical ocorre diferente: a escala vertical dependerá do material que for usado para a confecção da maquete. Suponha que a equidistância entre as curvas de nível desenhadas e utilizadas na maquete seja de 200 metros. Se eu uso, como é de minha preferência, placas de isopor de 0,5 cm para representar os níveis de altitude, terei o seguinte: 0.5 cm representa 200 metros, logo, um centímetro representa 400 metros. Então a escala vertical será de 1: 40 000 (Lembrar que 400 metros é igual a 40 000 centímetros).
Compare: escala horizontal: 1:4 000 000
Escala vertical: 1:40 000
Ora, vê-se que a escala vertical é muito maior que a horizontal. Daí o dito exagero vertical. No nosso exemplo o exagero será de:
4 000 000 /40 000 = 100
Exagero vertical igual a 100 vezes.
Se a escala vertical utilizada fosse igual à escala horizontal, não haveria exagero, em compensação não haveria maquete. Não existem placas de isopor ou folhas de papel finas o suficiente para representar a altitude de 200 metros na escala 1:4 000 000. Ou seja, se em uma escala 1:4 000 000 cada centímetro corresponde a 40 000 metros, então, 200 metros deveriam ser representados por 0,005 centímetros. Esta deverá ser a espessura da placa de isopor ou de papelão, ou seja, neste caso se a maquete fosse feita com papel de seda colado um sobre o outro estaríamos perto da realidade.
Maquetes sempre trazem exageros verticais. Assim, o relevo do nosso estado ou do nosso país não é tão acidentado quanto às maquetes dão a entender. Compreendendo isto, você terá dado um grande passo no conhecimento do mundo através de instrumentos tão abstratos como mapas e maquetes.













Nenhum comentário:
Postar um comentário